segunda-feira, 11 de agosto de 2014

MINISTÉRIO DA CULTURA APROVOU PROJETO DE R$ 4,1 MILHÕES DE LUAN SANTANA






O Ministério da Cultura (MinC) aprovou, na semana passada, um projeto de R$ 4,1 milhões para uma bateria de shows do cantor Luan Santana. A verba poderá captar a verba pela Lei Rouanet. O aval foi dado pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) e publicado no site do MinC.



A turnê divulga o DVD “Nosso Tempo é Hoje”, lançado no final de 2013 por Luan Santana. De acordo com a redação do projeto proposta pela empresa LS Music, que gerencia a carreira de Luan, o jovem artista pretende ”difundir as raízes sertanejas enquanto manifestação cultural e artística a partir da música romântica, além de sua história e influência na formação da sociedade contemporânea”, e “promover acesso a entretenimento musical de qualidade”.

O projeto de Luan incentivado pelo MinC é de 15 shows. Eles estão planejados para Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Campo Grande, Cuiabá, Recife, Rio Branco, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Uberlândia (MG), Macaé (RJ), Londrina (PR) e Ribeirão Preto (SP).

O valor proposto pela LS Music foi de R$ 4.650.625. Contudo, o MinC aprovou a captação de R$ 4.143.325. Uma parte dos ingressos será distribuída gratuitamente a associações assistenciais, como forma de democratizar o projeto, conforme exigência da Lei Rouanet. Mas também haverá venda de entradas. A produtora pediu R$ 21,6 mil apenas para a confecção dos ingressos.

É necessário frisar que a autorização do MinC não garante a arrecadação da verba. Para conseguir o dinheiro, Luan terá que angrariar por patrocinadores. Por ser um artista dono de sucesso incomum, o astro do sertanejo universitário não terá dificuldades na busca pelos investidores necessários para promover a captação milionária.

Não há proibições para que artistas consagrados gozem dos benefícios proporcionados pela “Lei Rouanet”. Esta é uma das várias leis brasileiras que precisam de revisão. Investir dinheiro que seria usado para impostos em projetos de artistas que têm sua sustentabilidade econômica garantida pelo mercado é altamente questionável e deveria ser coibido. Trata-se de um péssimo uso de verba que seria pública.


TERRA

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